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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A ASCESÃO DE CRISTO E A PROMESSA DE SUA VINDA

Texto Áureo: At. 1.11 – Leitura Bíblica em Classe: At. 1.4-11

Objetivo: Mostrar aos alunos que a ascensão de Cristo é um fato historicamente confiável e que deve ser percebido em sua dimensão escatológica, isto é, na expectativa da Sua vinda.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito da historicidade da ressurreição e ascensão de Cristo. Inicialmente, mostraremos as evidências da sua ressurreição, em seguida, refletiremos a respeito da sua promessa de derramamento do Espírito Santo, tema que será estudado aprofundadamente em aula posterior. Ao final, atentaremos para a dimensão escatológica da ascensão e ressurreição de Cristo, a bendita esperança da Sua vinda, para arrebatar a igreja, e posteriormente, para estabelecer o Seu reino milenial.

1. EVIDÊNCIAS DA ASCENSÃO DE CRISTO
Cristo ressuscitou, esse é fundamento da fé Cristã (I Co. 15.14-17). Conforme registra Lucas, Jesus demonstrou que estava vivo, aparecendo aos Seus discípulos em várias ocasiões. Na introdução de Atos, o escritor afirma categoricamente que, muitos empreenderam fazer uma narração coordenada dos fatos que entre eles se realizaram, conforme fora transmitido pelas testemunhas oculares. Ele, do mesmo modo, “depois de acurada investigação e tudo desde sua origem” a fim de dar a Teófilo, destinatário, “uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído” (At. 1.2-4). Em seu relato, Lucas afirma que Jesus subiu ao Céu a partir do Monte das Oliveiras (At. 1.12), e esse evento é aceito historicamente ao longo de todo o Novo Testamento, a igreja primitiva vivenciou a realidade da morte, ressurreição e ascensão de Cristo aos céus, ainda que haja quem tente negá-lo, desde os primórdios (Mt. 28.12-14). Esse episódio, no entanto, mudou radicalmente a existência dos discípulos, pessoas outrora atemorizadas entregaram a vida por essa verdade. Além disso, os escritos apostólicos foram distribuídos ainda no tempo em que muitos ainda viviam, e esses a endossaram, reafirmando a veracidade desse acontecimento (I Co. 15.1-8). Lucas afirma que tudo isso aconteceu “à vista deles” e que os anjos disseram: “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que entre vós foi assunto aos céus, assim virá do modo como o vistes ir” (At. 1.11). A ascensão de Cristo tem valor fundamental para a igreja: 1) aponta escatologicamente para a vinda gloriosa do Senhor; 2) impõe sobre essa uma responsabilidade, a de ser testemunha da Sua morte e ressurreição; 3) dessa dependeria a descida do Espírito Santo, para que a igreja cumprisse sua missão.

2. A PROMESSA DO RECEBIMENTO DE PODER
Após a ascensão de Cristo, os discípulos voltaram para Jerusalém, para aguardarem, conforme instrução do Senhor, a descida do Espírito Santo. A assembléia de 120 pessoas permaneceu naquela localidade. Eles perseveraram “unanimes” em oração, isto é, sob o mesmo propósito, que era serem cheios do Espírito. Esse enchimento havia sido posto como condição para que a igreja pudesse testemunhar dEle (At. 1.8). Nesse contexto, percebemos um interesse dos discípulos, esses queriam saber quando o Senhor daria a Israel a glória dos tempos áureos, talvez como nos tempos de Davi e Salomão. Jesus respondeu que não competia a eles saberem o dia e a hora que Deus havia estabelecido para Sua exclusiva autoridade (At. 1.11). A igreja do Senhor precisa ter cuidado para não confundir a política dos homens com a política de Deus. Ao longo da Sua história, a igreja cristã se envolveu com o poder secular, o resultado sempre foi seu enfraquecimento espiritual. Somente no futuro, ou seja, na dimensão escatológica, quando Cristo estabelecer o Seu reino milenial, Israel desfrutará de uma teocracia plena. Enquanto isso, Deus atua por meio da Sua igreja, e essa não pode prescindir do poder do Espírito Santo, por meio dele, dynamis em grego, podemos, de fato, testemunhar com autoridade sobre a morte e ressurreição do Senhor (Lc. 24.49). A esperança da igreja não está na política humana, ela aguarda, com convicção, a volta de Cristo, para tanto, mantém os olhos fitos nos céus, de onde virá Aquele que para lá ascendeu.

3. A PROMESSA DA SUA VINDA
Cristo virá, esse é um dos pilares da fé cristã, mas sua volta precisa ser compreendida em dois contextos distintos. Ele virá para arrebatar Sua igreja, como prometeu em Jo. 14.1. O ensino do arrebatamento foi revelado mais precisamente a Paulo que instruiu a igreja a esse respeito (I Co. 15.52; I Ts. 4.13-17). Ao longo dos evangelhos, Jesus fala de seu retorno, mas, a maioria das passagens, se refere à Sua volta gloriosa, quando virá para Israel, estabelecer Seu trono (Mt. 24). O texto de At. 1.11 tem essa duplicidade, pois permite, ao mesmo tempo, que a igreja considere a volta de Cristo, para arrebatá-la, e, também, o estabelecimento do reino milenial de Cristo (Ap. 19.11-21). Em relação a igreja, esse retorno de Cristo é denominada de bendita ou boa esperança (I Ts. 2.16; Tt. 2.13). A esperança do arrebatamento sempre foi uma doutrina ensinada nos púlpitos das nossas igrejas, mas passado o ano 2000, e agora, uma década depois, alguns cristãos não mais falam a respeito. A secularização da igreja também tem contribuído significativamente para que essa doutrina deixe de ser exposta. Alguns estão demasiadamente conformados com este século, deixaram de orar “maranatah”, ora vem Senhor Jesus, há quem prefira que ele demore, não querem perder as oportunidades que a temporalidade oferece. Cristo não veio em 2000, certamente por que muitos o aguardavam naquele ano, mas virá justamente quando menos se espera. A igreja precisa continuar olhando para cima, em busca do prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus (Cl. 3.1,2).

CONCLUSÃO
Jesus ressuscitou e ascendeu ao Céu, essa é uma verdade testemunhada pelos apóstolos e registrada na Escritura. Por que Ele vive, como diz a letra do hino sacro, podemos crer no amanhã, e mais que isso, temor não há. Diante dessa realidade, devemos viver na expectativa da Sua volta, sendo essa a bendita esperança da igreja. Enquanto Ele não chega, devemos depender do poder do Espírito Santo, e continuar testemunhando, até aos confins da terra.

BIBLIOGRAFIA
MARSHAL, I. H. Atos: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
STOTT, J. A mensagem de Atos. São Paulo: ABU, 2008.

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